Wednesday, September 26, 2007

SÓ UM APERITIVO....

Essa é a Introdução Do livro que estou escrevendo. ENTRE O REINO DE DEUS E REINO DOS HOMENS , é seu título provisório. A temática é a que vcs já conhecem em meus texto: o Reino acima de tudo.
Estar trabalhando neste projeto é um dos motivos que me fazem não atualizar semanalmente o blog, mas isso vai mudar, aguardem....
Por enquanto aceite esa pequena prova para degustação. Espero que gostem.

Saude e Paz
Fabio


ENTRE O REINO DE DEUS E O REINO DOS HOMENS

Ninguém duvida que a igreja evangélica brasileira vive hoje um exuberante crescimento em seus arraiais. Contudo, recomendo que ninguém duvide também que este crescimento quantitativo não traz em si o mesmo potencial qualitativo, isso não apenas nas questões que envolvem a fé cristã pessoal dos membros das organizações evangélicas, mas, principalmente, nas questões coletivas de fé, ou seja, no tipo de cristianismo ensinado, pregado e propagado. A fé pessoal é resultado da fé ensinada, os fieis, em sua maioria, vão para onde estão sendo guiados.

O distanciamento da mensagem cristã atual em relação a mensagem de Cristo revelada no Novo Testamento tem gerado em muitos crentes uma visão distorcida quanto ao Reino de Deus. De fato muitos confundem o Reino de Deus com as instituições eclesiásticas, que na verdade são parte apenas da realidade humana, assim como o próprio fenômeno religioso também o é. O problema maior é que tendemos a projetar uma imagem para Deus através da lente de nossos credos, coisa muito normal na psique humana. Todos já ouvimos o chavão – “ O teu Deus é do tamanho da tua fé”. O que ocorre é que não é o “tamanho de Deus” que é influenciado pela “quantidade” de fé que temos, mas a maneira como acreditamos que Deus é fará com que Ele “seja” exatamente assim, pra nós, pessoalmente. Podemos dizer que nossa teologia faz a nossa fé que, por sua vez, faz o nosso Deus. Não estou dizendo que nossa fé muda a natureza divina. A natureza de Deus é imutável, mas O veremos exatamente como cremos que Ele é, e nós cremos de acordo com o que aprendemos: a fé deriva da teologia que aprendemos. Se aprendemos uma teologia voltada para a felicidade financeira tenderemos a ver Deus apenas como uma fonte de riqueza; se aprendermos uma teologia que supervalorize curas e milagres O veremos como um grande milagreiro a serviço de nossas necessidades; se temos uma teologia impessoal e distante, nossa visão será de um Deus longínquo, e por vezes iracundo. Esse fenômeno da relação “teologia-fé-teologia” é presente em qualquer cor religiosa, inclusive no universo evangélico.


Interessante é ver que os grupos evangélicos insistem em se afastar do fenômeno religioso, colocando-se acima de qualquer coisa que diga respeito a religiosidade. Na verdade hoje o que presenciamos é uma clara definição quanto ao fato que as igrejas evangélicas são cada dia mais religiosas e institucionalizadas, formando subgrupos de uma religião maior. A religião evangélica esta se tornando a pizza e as igrejas as fatias. Isso ocorreu nos tempos de Jesus com o Judaísmo: os fariseus, os saduceus zelotes, herodianos, essênios e até mesmo os cristãos eram subgrupos da religião judaica. Ora o que vemos hoje é isto ocorrer com os evangélicos. As igrejas são as fatias da pizza evangélica.

Os sub-grupos religiosos, normalmente possuem pontos de igualdades com os outros da mesma espécie, mas discordam entre si em alguns aspectos doutrinários, chegando a combaterem-se mutuamente e a considerarem heréticos os outros sub-grupos. Muitas vezes estes movimentos são universos complexos de verdades defendidas a ferro e fogo, de submissão cega a um líder-profeta. Nestes casos, geralmente, a instituição tem muito mais valor que as pessoas. Se entra fácil e alegremente, mas se sai com muita dificuldade e dor, aliás sair é tornar-se inimigo, pois há cores bem definidas para serem defendidas por seus adeptos; negar essas cores é trair todo sistema. Estes fatos aplicam-se as religiões de forma geral e não a um ou outro grupo específico.

É duro e angustiante para a maioria dos cristãos evangélicos o saber destas verdades, mas a cada dia que passa muitas organizações eclesiásticas confirmam mais suas vocações para institucionalização religiosa, igualando-se a qualquer outro movimento de fé, entretanto vejo que mais duro e angustiante ainda é ver a quantidade de corações feridos, decepcionados, marcados com os pontiagudos espinhos da frustração que fustiga os que se descobrem usados enganosamente e desiludidos por seguirem líderes que se dizem comprometido com Deus, mas que lentamente vão se mostrando lobos famintos. E agora, pra onde ir? Em quem acreditar? Vale confiar novamente? Não seria melhor servir a Jesus sozinho sem relacionamento cristão com mais ninguém?

O que nos dá esperança, fé e firmeza para vivermos em comunidade é a verdade bíblica que nos mostra que o Reino de Deus é real. De fato, biblicamente existe apenas um rebanho e um Pastor (Jo 10). Deus ao olhar para o Seu povo não vê as cores denominacionais, as bandeiras e logotipos. O que Ele enxerga é o Seu rebanho único, dentro de Seu aprisco, cuja porta de entrada é Ele mesmo. Ele, Jesus, é a porta, a porta do aprisco, que é estreita, mas é porta de salvação. Quanto aos pastores do rebanho do Senhor, fica claro que: ser pastor é uma função no Corpo de Cristo, assim como existem outras funções. O Novo Testamento chama estas funções de ministérios; ser pastor é cuidar das ovelhas Dele, e a única motivação correta para este atribuição é o amor ao supremo-Pastor (Jo 21.1-17). As ovelhas são Dele, não de pastor nenhum, menos ainda de organização alguma. Nesse Rebanho, feito de ovelhas compradas pelo sangue de Jesus para si mesmo é onde o Reino de Deus se faz possível. Digo isso porque, no âmbito das organizações eclesiásticas, certas verdades do Reino soam, no mínimo, utópicas. O viver o Reino de Deus não é uma utopia (utopia é a forma latina da palavra grega utópos, que significa “lugar nenhum”), mas a única opção que resta pra quem quer seguir a Jesus de fato.

O tom denunciante dessa introdução não corresponde ao mesmo que se seguirá no desenvolvimento do assunto aqui tratado, não pretendo isso, ao contrário, ao mostrar um pouco (e muito pouco) o lado feio da religiosidade evangélica deste tempo quero provocar o contraste entre a feiúra humana-institucional e a beleza pura e simples do Reino de Deus, esse sim é o assunto que está em foco aqui.

O Reino de Deus é lindo, pois Seu Rei é a própria beleza em essência. Uma beleza tão simples que, para muitos passa despercebida.

Pai nosso... venha o Teu Reino, aqui dentro de minha vida.

23 comments:

Anonymous said...

Pastor Fábio,

Muito profunda as tuas palavras...penso que será um grande sucesso este livro....entre no meu blog e veja que também comecei a escrever um livro sobre Excelência...quero sua opinião...

Deus abençoe

Carlinhos !

Anonymous said...

www.faleiagora.blogspot.com

Anonymous said...

"Pai nosso... venha o Teu Reino, aqui dentro de minha vida."
Caramba isso aqui é nome de um capítulo, não?

Fabio Teixeira said...

Belc

Fabio Teixeira said...

Belchior isso é a introdução ..essa frase finaliza o texto.

abç

Anonymous said...

Pr. Fábio.
Já tinha ouvido um pouco sobre este assunto em uma de suas mensagens, mas aqui nesta introdução percebo uma abordagem mais profunda sobre este tema que considero urgente.
É triste constatar que alguns irmãos tem noção dessa realidade, e fazem de conta que está tudo certo.
Se omitem totalmente, pensando não terem nenhum papel a desempenhar, nehuma atitude a tomar em relação a todos os fatos.
Pra estes, a responsabilidade é apenas e tão somente daqueles que foram nomeados como líderes das igrejas-denominacionais.
O escritor da carta aos Hebreus orienta: "Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado "(Hb 3:13)
Lembro-me que um dia destes, ao citar este texto e comentá-lo, um irmão considerou legalismo a prática da exortação bíblica, pra ele, talvez seja a tal "utopia" citada no seu texto Pr. Fábio.
Abraço. paz

Unknown said...

Tudo isso faz muito sentido e vem de encontro ao que penso. Mas como saber se estou semeando uma terra fértil ou em uma terra morta?

Anonymous said...

Olá Pr. Fábio Tx!

Este negócio de que a religião evangélica esta se tornando a pizza e as igrejas as fatias é uma verdade. Temos aí sabores para todos os gostos.

Tenho percebido pelas minhas leituras que você não é o único neste coro e também não é o único a indignar-se com rumos que a religião evangélica tem tomado.

Como vc costuma dizer, pregam por aí um evangelho cor de rosa e o Grupo Diante do Trono canta que ainda existe um cruz. Não me esqueço de suas palavras quando disse que não há evangelho sem cruz. Foi exatamente o que Jesus disse para Pedro quando disse: prá trás de mim satanás! Ou seja, Pedro vc não entende que não há evangelho sem cruz? Não entende que é necessário sair da zona de coforto? Não etende que não dá pra mudar a menssagem e que prncípios não se negociam? Não dá para pregar o evangelho sem cruz!

Como eu havia lhe dito no dia do futebol, tenho lido alguns materias do Pr. Ed. René Kivitz, lembra? Me identifico bastante com suas idéias e com a sua sinceridade a respeito de si prórpio, com os rumos da religião evangélica que se afasta perigosamente da verdade de Cristo e com a clareza e naturalidade com que escreve a cerca dessas coisas.

Li um material do Pr. Ed René Kivitz que na íntegra diz que que diante desta mega oferta de igrejas evangélicas os líderes sentem a necessidade de defender suas distinções, chegando alguns a ficarem tão obcecados em defender os pontos de discordâncias, e aos poucos o que era antítese vira tese; o que era aspecto secundário ao Evangelho vira aspecto essencial da doutrina da nova visão, gera vaidade disfarçada de pieade, em que o nome da comunidade passa a ser mais valorizado do que sua mensagem. Ele completa dizendo que quando isto acontece o que era comunidade virou INSTITUIÇÃO-GRIFE.

É bem o que vemos por aí, não é mesmo?

Ele ainda diz que deste ponto em diante, os testemunhos deixam de ser antes e depois de Cristo, e passam antes e depois da igreja A e da igreja B. Os apelos financeiros se tornam necessários para o programa de rádio, que existe não mais para que o evangelho seja anunciado, mas para que o Brasil tenha a oportunidade de ouvir a visão que Deus nos deu.

Aos poucos, Deus vai perdendo vela na procisão. Cada denominaçào com sua declaração doutrinária, opção de governo e estrutura ecledial, seu códiho de ética, seu centro de poder e sua volúpia expansionista. A luta subliminar é para ver quem tem nas mãos a melhor versão do cristianismo, ou do protestantismo, ou da cristandade, sei lá!

Que Deus lhe abençoe nesta difícil tarefa de escrever este livro.

Alexander

Fabio Teixeira said...

Roger,
"a arvore é conhecida pelos frutos que dá", ou seja, não há m,eias verdades sobre pessoas e instituições, o que fazemos reflete quem nós somos.
Diante disso, só fica enganado quem quer, ou quem não quer ver.
Terra fértil ou não é visivel pelos rutos.

Deus te ilumine
Fabio

Unknown said...

Pr. Fábio

Aparentemente esse lugar da frutos, pois vive cheio, e aí? Crescimento ou Inchamento?

Fabio Teixeira said...

Roger,
Leia o texto que postei hj, vai de fazer pensar sobre números.
Frutos não são quantitativos, estão relacionados a carater, a vida (que vide o fruto do Espirito descrito em Galatas), a santidade, a verdade e a coerencia com o Evangelho.
Nada disso esta relacionado ao "estar cheio" ou "vazio" de gente. A multidão é atraida tb pelo marketing religioso, pelos discursos cheios de auto-ajuda, pelas promessas de prosperiade barata (ou cara, depente do valor da oferta), pela rapidez das soluçoes prometidas "por Deus".
Não digo aqui que é isso que acontece onde estas, mas que acontece com muitissicimos lugares "sempre cheios".

abç
Fabio

Unknown said...

Pastor Fábio, gostaria de ficar sabendo o lançamento desse livro.

Paz

Mario Correa said...

Caro Pastor Fábio,

A idéia literal de uma grande pizza dividida em fatias não tinha me ocorrido ainda, mas quão triste verdade é. Infelizmente.
Não há como negar que vivemos hoje a sétima carta de Apocalipse: Nem fria nem quente, rica e abastada, mas sim, miserável, pobre, cega e nua.
Todos falam do espantoso crescimento dos evangélicos no Brasil, mas pouquíssimos tem a coragem de dizer que grande parte disto é fundamentado na "prosperidade" oferecida e anunciada nos púlpitos - e também nas rádios e TV`s.
Tenho conversado com pessoas "evangélicas", mas quão longe estão das verdades bíblicas. Estão na igreja sim, mas em busca de bênçãos e não do Abençoador.
Tenho visto e ouvido pregações do tipo "se você der uma oferta de tanto, o que Deus vai fazer? Ele é obrigado a te abençoar"... O que o pregador em questão não diz é o que diz o próprio Deus: "Quem deu a mim primeiro para que eu tenha que restituir?". Outra de outro pregador: "Você tem o direito de ser rico, meu irmão!". O que não deixa de ser verdade. Mas o que este pregador também omite é o que o Senhor Jesus disse: "É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus".
O que estes pregadores visualisaram foi uma grande pizza que estava (e ainda está) no forno e que quem fosse mais ágil e... e... e.... tantas coisas mais (vou me furtar de pecar com palavras que me vieram a mente e não vou escrevê-las) poderia abocanhar uma boa fatia desta pizza, que bem trabalhada e fermentada poderia crescer ainda mais.
Tenho orado para que Deus levante homens tementes a Ele, cheios do Espírito Santo, e que o verdadeiro Evangelho com sinais, prodígios e maravilhas possa ser pregado e apresentado à grande massa que ainda o desconhece.
E tenho certeza absoluta que o Senhor tem me ouvido.

Que Deus o abençõe, pastor.
Não abdique da verdade do Evangelho. Nunca.

Abraços.
Mario Sergio Correa

Anonymous said...

Pr. Fábio,
Sua denúncia é verdadeira, mas soou-me com clima de "reinvenção da roda", como alguns dos seus outros textos. Enfatizo que a denúncia é verdadeira, mas não é nova. Para quem conhece a revista Ultimato, os textos do Ed Rene Kivitz e outros já leu e releu essa denúncia há algum tempo, tempo inclusive em que o sr. trabalhava por números (+500,multiplicações, cds, etc. para fazer uma alusão a um outro texto seu muito propício)
Infelizmente a pizza evangélica não está sendo formada agora. Ela já existe desde 1517 quando inicou-se a Reforma. O princípio do livre-exame da Bíblia para desarraigar a o texto sagrado das mãos do clero católico fez surgir várias denominações já período da Reforma ("cada cabeça, uma igreja"). Geralmente conhecemos só luteranos, calvinistas, anabatistias... Mas esqueçemos que houveram seitas protestantes menores, como as dos Abecedários que negavam o valor da instrução formal e que não precisavam de escolas: só a comunhão com Deus era o suficiente.
E por falar em clero católico, se uma coisa nós evangélicos devemos agradecer a Deus é pela Igreja Católica Apóstólica Romana: se nós crentes discordamos de tudo, numa coisa concordamos (com exceção de alguns grupos): na negação do Catolicismo.
Se não fosse a Igreja Católica, nós evangélicos já teríamos nos matado uns aos outros.
Mas, seu texto, e imagino que seu futuro livro, traz importante auxílio de reflexão e ação.
Abraços de seu eterno aluno.

Fabio Teixeira said...

Joalsemar,

Tua alusão ao fato do texto soar como "reinvenção da roda" é, certamente uma interpretação pessoal,pois nenhum os meus texto são baseados em nada novo, alias a base dos texto é, apenas, a Palavra, muito anterior e superior a tudo e a todos. Você mesmo reafirma isso ao dizer "soou-me". Outra questão é que alguams coisas soam "novas" por não serem ditas comunmente. Os motivos dessa omissão são inumeráveis.
De fato um dia trabalhei por números, mas nunca tratei pessoas como tal, disso ninguem poderá me acusar. Porém ter um dia levantado a bandeiras dos resultados numéricos como medidor de sucesso me fez experimentar o lado frio e cartesiano da religião, coisa que ficou no meu passado pela graça e Deus. Bom é aprender e não errar mais.
Quanta pizza evangélica, é apenas mais uma no cardapio da pizzaria das religiões. O pizzaiollo é o homem, o sabor "é bom pra um e ruim pra outro" e quem compra é quem quer, ou seja, igualzinha a qualquer pizza-religião, cheia de colesterol dogmático e gortura saturada de legalismo e achismo humano.
Desses ingredientes as fatias são igualmente feitas.
Quanto aos evangélicos não se matarem uns aos outros por defenderem o não-catolicismo,só me resta um comentário: os evangélicos "se matam" há muito tempo, que vide I Jo 3.15, os verdadeiros seguidores de Jesus não são assassinos!!

Apenas seu irmão
Fabio

Anonymous said...

Pastor Fábio,
o texto soou-me como reinvenção da roda justamente por que não traz para mim nada de novo. Antes de ser do Projeto Vida Nova, fui membro da Comunidade Evangélica da Zona Oeste.
Lá aprendi as mesmíssimas coisas que o sr. e outros dizem, as quais, insisto em frisar, são verdadeiras. O cerne da igreja eram as células e a reunião de domingo eraum grande encontro de células. Não tínhamos inúmeras reuniões. Não chamávamos os pastores de pastores, mas pelo seu nome próprio. E o clima era justamente de resgatar os valores do Reino. Só que na prática, vi que não diferiam muito das denominações convenionais com suas estruturas milenares. Por que eram sempre as denominações as erradas... a comunidade, ah, a comunidade era o novo de Deus. Só que não era tão novo assim.
Em virtude de minha experiência, relata muito resumidamente, é que alguns dos seus textos não soaram-me novos.
Já, o seu comentário ao meu comentário, mostrou-me algo interessante: " De fato um dia trabalhei por números, mas nunca tratei pessoas como tal, disso ninguem poderá me acusar. Porém ter um dia levantado a bandeiras dos resultados numéricos como medidor de sucesso me fez experimentar o lado frio e cartesiano da religião, coisa que ficou no meu passado pela graça e Deus. Bom é aprender e não errar mais."
Essa constatação dessa fase de sua vida ministerial é o que eu sentia falta nos seus textos, pois soavam-me como se o sr. tivesse vindo do Céu, estava vendo tudo errado e queria produzir uma nova Reforma Protestante. Por isso o texto supracitado, para mim foi esclarecedor.
E eu o endosso. Realmente, na minha convivência com sua pessoa, sempre eu e minha esposa fomos tratados como amigos, como irmãos queridos. Se um dia me perguntarem no Céu como chegeui lá terei que mencionar, com muita honra, o seu nome.
Fico feliz em constatar que sua profundidade de reflexão continua a mesma ao dar aprofundar a minha reflexão sobre a matança entre os evangélicos. Realmente, se a chacina física não aconteceu, existe aquela mencionada em 1Jo 3.15.
Mais uma vez aprendendo com o sr. Abraços.

Fabio Teixeira said...

Jo,
Me alegro em saber que pra você as coisas colocadas aqui não soam novas, mas pra muita gente ecoam assim, já que há um grande distanciamento entre o que é pregado pelos evangélicos (ao menos os que possuem notoriedade, o que gera a impressão de totalidade) e aquilo que é a mensagem do Evangelho de Cristo. Então , desacostumados com a verdade (idéia) muitos só conhecem a mera opnião (ilusão/imagem.
Quem lê meus textos percebe que jamais refiro-me a coisas que vivi. Alias em minha resposta a teu comentario, pela primeira vez fiz isso já que achei pertinente. Outro detalhe é que sei que muitos começam com as ideias de que são "o novo e Deus", pronto, isso já é sintoma de religiosidade e secularização. Jamias senti isso nem em meus texto nem em mensagens. Todos os que me ouvem e convivem comigo sabem que sempre luto contra essa idéia de sermos os "verdadeiros". Sou apenas alguem buscando seguir a Jesus, fazer o bem aos outros e indo pra Jerusalém de cima pela graça. Não vim do Céu mesmo!E você bem o sabe. Mas to indo pra lá! E as experiências me fizeram perceber o quão distante é possivel se viver do Evangelho mesmo em nome de Jesus.
Amigo, eu não rompi como uma denominação, rompi com todo um meio, um jeito de ser, de pensar, de ver a vida, de acreditar. Rompi com a cosmovisão evangélica, dessa eu quero distancia. Só para viver com Jesus, em paz com meus irmãos e família.
No mais, só me resta louvar a Deus por tuas honrosas palavras.

Saude e Paz
Fabio

Anonymous said...

Caro Pr. Fábio,
obrigado por manter esse diálogo comigo. Foi muito edificante.
Abraços.

Carlão said...

Joalsemar, que prazer ver que você realmente é o que eu sempre pensei, um estudioso homem de Deus. Gostaria de colocar minha alegria em ver discussões sadias como a que pude acompanhar entre você e o Pr. Fábio.Colocações éticas e respeitosas, com um profundo conhecimento teológico, o que na minha opinião só faz enriquecer este blog ainda mais.

Joalsemar parabéns por expor sua opinião. Pr Fábio parabéns por respeitar opiniões divergente sem perder sua identidade.

Anonymous said...

Querido Pastor Fábio e demais comentadores,

Lembram-se do fato ocorrido recentemente em Goiás e divulgado por uma rede de TV onde um suposto Pastor dizia ter recebido uma revelação para adulterar com uma senhora casada, frequentadora de sua "igreja? Tudo por uma interpretação errônea do texto de Oséias 3:1 que diz: "Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas".

O erro, grosseiro para muitos, mas passível (e possível) para tanta gente de baixa instrução, quando o suposto Pastor simplesmente não leu a acentuação gráfica existente na palavra "adúltera", entendendo erroneamente que Deus estava ordenando ao profeta que adulterasse com uma mulher, se mostra um exemplo bem claro e nítido quanto às divergências já existentes e que continuamente surgem entre as denominações protestantes/evangélicas/católicas - e de todas que se consideram segmento do cristianismo.

Claro que a interpretação do suposto pastor é absurda sob todos os pontos de vista: "Não adulterarás", sétimo mandamento. (Ex.20).

Contudo, erros de exegese e de interpretações dos textos bíblicos tem sido algo frequente nestes dias atuais, cometidos por pastores, bispos, apóstolos e tantos outros "titulados". Erros por simples inocência, erros por falta de entendimento, erros por loucura, e o pior de todos: erros por interesses.

O evangelho pregado hoje é de uma vida fácil, rica, abastada, cheia de permissividade. E tudo isso é conseguido através de dízimos, ofertas, carnês, desafios, etc. Alguns "titulados", inclusive, chegam ao absurdo de dizer que se alguém está passando por dificuldades financeiras, não pode ser considerado "filho de Deus". O que dizer, então, de Elias, o profeta, e da viúva de Sarepta? (1Rs.17). Chegamos ao absurdo de vermos na mídia uma "igreja evangélica gay", a qual, dizem, já realizou sete casamentos homossexuais.

Não há evangelho sem cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me". (Mt.16:24).

O que quero dizer, amados irmãos, é que a pizza evangélica é grande e continua a crescer porque alguém (ou muitos) a fermenta.

A questão é simples: Vivemos e pregamos o "velho evangelho", a "velha Boa Nova", como Jesus o ensinou, e foi pregado e vivido por Pedro, Tiago, Matias, Estevão, Paulo e tantos outros irmãos?

O "velho evangelho" que se renova a cada dia?

O que nós - digo nós, os que participamos de alguma forma deste blog - temos feito para que o verdadeiro evangelho seja de fato anunciado?

O que nós temos feito para que os "desvios" sejam combatidos ou pelo menos denunciados?

Jesus nunca deixou de ir ao templo, mas tampouco se deixou influenciar pelo "fermento" dos sacerdotes, escribas e fariseus.

"A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações". (Col.3:16).

Abraços a todos.

Eric Jóia said...

Pastor Fábio,

Faz bastante tempo que não nos falamos e procurando por seu nome na Net, tive a grata surpresa de encontrar esse Blog.

Achei interessante sua proposta de escrever sobre o Reino de Deus, principalmente nos dias de hoje, onde este é confundido com as instituições.

Discordo do Joalsemar e não acho repetitivo ou óbvio por alguns motivos.

1º O hiato entre a realidade e verdade é visível para quem tem o mínino de Saúde e/ou coragem para admitir

2º Essa é a vértebra da mensagem de Jesus. De várias formas diferentes Ele advertiu... "O Reino de Deus é assim ... ou assado..."

3º O Reino de Deus, como no sonho de Nabucodonosor, é a pedra que vem destruir tudo, é a última realidade da História e o que durará eternamente, portanto, não considero repetitivo a uma mente finita, tentar discorrer sobre uma realidade eterna e não finda.

4º Por mais que nos esforcemos o pecado colocou uma trava na nossa capacidade de percepção. É o que Paulo fala em I CO 13, "vemos em parte... quando Ele se manifestar então o veremos como Ele é". Por mais que se fale, quando o assunto é o Reino, sempre haverá o que falar

Poderia dar muitos outros motivos mas prefiro parar por aqui. Lembrando que "aquele que julga saber alguma coisa, não sabe como convém".

Incentivo-o a falar mesmo sobre o Reino, seja em tom de denúncia, ensino, ou anseio pois não temos outra mensagem para pregar.

Beijo no coração.

P.S1: AMei ver a sinceridade de admitir um erro. Avocando o movimento que o Joalsemar mencionou, o lema da Reforma era "reformar se reformando" Não era isso ?

P.S2: Não é uma crítica ao Jo, apenas um debate de idéias.

Fabio Teixeira said...

Mario, muito boa a tua colocação quanto ao que cada um tem feito na prática. Creio que é por ai que a mudança vem, quando cada um resolve mudar.
Não creio em uma mudança evangélica, mas creio na mudança que o Evangelho provoca.

Eric, bom ouvir tuas opniões e ver que a sobriedade continua em ti. Meu papo com o Jo demonstra isso da parte dele tb.

Beijo
Fabio

naiane souza said...

Gostei de ler nao so o pouquinho que voce postou aqui, mas tambem as discussoes. Que pensemos todos. Que critiquemos e nao aceitemos sem entender. Nao preciso dizer ao Fabio q ja tenho coceiras para ler o livro e ja me vejo ate com a caneta marca texto..pq vou imprimir..hihi