Na terra de cegos havia um rei de um olho só;
Via com seu olho único o que a plebe apenas percebia;
Na terra de cegos havia um rei cego de um olho só;
Se sentia poderoso, habilidoso, formoso e cheio de força, pois podia ver, pouco, mas podia.
Se esquecia apenas que também era cego, pior ainda é que sua cegueira era o que ele nunca via;
Isso fazia o rei dos cegos o pior cego que havia.
Seus súditos? Tinham no rei-cego seu ídolo, seu deus;
Não sabiam de sua cegueira, mas sabiam que precisavam que alguém visse;
Um cego guiava os cegos na terra de cegos;
Os cegos não viam que seu rei não via;
A cegueira dos cego eram trevas nos olhos e trevas na mente;
Os olhos não viam, as mentes não sabiam.
Quem tiver ouvidos que ouça;
Quem tiver olhos que veja;
Que olhemos pra nós, olhando quem somos, mas vendo, prioritariamente, quem não somos.
Um basta aos reis cegos que escondem do povo seu estado de cegueira, manipulando consciências, usando ignorâncias e se alimentando do sangue crédulo dos fracos e pequeninos irmãos. A estes aguardam as trevas eternas.
“Senhor, que nos abram os olhos” Mt 20.33
Saúde e Paz
Fabio