
Serei direto. Tenho nojo daquilo que a maioria das pessoas chamam de evangelho. Só não direi que o uso do termo evangelho para designar certas mensagens, musicas, livros, reuniões, grupos, lideres etc é uma blasfêmia, um desrespeito, por que não sacralizarei o termo. Evangelho não é um termo sagrado, um verbete santo. Evangelho é mais que isso. Tenho direito a essas náuseas! E você também tem! Direito de discordar sem se sentir “tocando no ungido”, de discernir falácias sem estar julgando o inocente, de denunciar sem se ver descobrindo a nudez ou expondo as autoridades. Aliás, esses argumentos citados são apenas alguns dos punhais que castram mentes e cegam olhos. Gente sem direito ao pensamento perde o direito ao nojo ,tomando, garganta abaixo, o Plasil da enganação e do medo.
Quero me enojar mais ainda com o nojo santo. Nojo de quem não quer a religião, o sistema falido, mas quer a simplicidade libertadora do evangelho eterno.
Só o evangelho é remédio sem ser ópio do povo. É esperança sem enganação. É espera sem embromação. É riqueza sem dinheiro. É paz que alenta a alma. É perdão sem poréns.
É olhar pra fora e olhar pra dentro. É a coerência amorosa e violenta do estalar do chicote de Jesus no templo. O evangelho é Jesus, o verbo vivo.
É por causa do Evangelho que tenho nojo dos evangelhos.
E deste enjôo não quero sarar.
Em Cristo, saúde e paz.
Fabio